" Nada na Biologia faz sentido se não for à luz da evolução "

Dobzhansky

domingo, 6 de junho de 2010

Sabia que (...) ? *

  • Se uma pessoa gritasse durante 8 anos, 7 meses e 6 dias, teria produzido energia suficiente para aquecer uma xícara de café.


  • Em 10 minutos, um furacão produz mais energia do que todas as armas nucleares juntas.

Sabia que (...) ? *

  • Seria necessária uma área equivalente a quatro vezes a cidade de Lisboa de painéis fotovoltaicos para satisfazer o consumo eléctrico em Portugal ?
  • Em cada hora de consumo eléctrico, cinco minutos são de produção eólica ?
  • Portugal tem cerca de 250km de costa, onde se poderiam instalar 5GW de parques de ondas ?
  • Balanço das emissões de CO2 resultante da queima de biomassa é nulo ?
  • Portugal aproveita menos de 50% do seu potencial hidroeléctrico
  • Este ano, a produção de energia eléctrica a partir de recursos geotérmicos aumentou 1,6% ?

Tipos de Metamorfismo *

Entende-se por metamorfismo com sendo o conjunto de processos geológicos que leva à formação das rochas metamórficas. Esses processos envolvem transformações físicas e químicas sofridas pelas rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra. Estas alterações ocorrem no estado sólido, pois a pressão é superior à temperatura.

  • Metamorfismo regional: as rochas pré-existentes não são modificadas por um aumento de pressão superior ao aumento de temperatura e de tensões não-litostáticas. Está relacionado com limites convergentes, onde se verificam altas temperaturas e pressões. Exemplos: ardósia, filito, micaxisto e gnaisse.
  • Metamorfismo de contacto: está directamente relacionado com as intrusões magmáticas. Como estão a temperaturas muito elevadas, causam uma instabilidade nos minerais das rochas envolventes à inclusão magmática. Essa instabilidade vai levar ao rearranjo estrutural dos minerais, formando novas ligações químicas, formando, então, novos minerais. Exemplos: corneana, quartzito e mármore.


Rochas sedimentares *

Em geologia, chamam-se rochas metamórficas àquelas que são formadas por transformações físicas e/ou químicas sofridas por outras rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra, num processo denominado metamorfismo.
As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas da
quelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes. Não apenas as rochas sedimentares ou ígneas podem sofrer metamorfismo, as próprias rochas metamórficas também podem, gerando uma nova rocha metamorfizada com diferente composição química e/ou física da rocha inicial.
Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em que ocorreu o metamorfismo. O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos geotectónicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da actual configuração dos continentes.

Os agentes de metamorfismo são:
  • Temperatura
  • Tensão
  • Fluidos
  • Tempo

Ayers Rock - Austrália *


Também chamada Uluru, está situada no território norte da Austrália é uma das formações mais impressionantes do Parque nacional Uluru. Trata-se de uma formação rochosa de aproximadamente 2,4 km de comprimento e 348 m de altitude, sendo considerada a maior do mundo.

Parque Nacional Badlands - Estados Unidos *

Milhões de anos de erosão glacial e eólica esculpiram os profundos vales e os precipícios deste magnífico parque, tendo resultado nestas formações rochosas.

Pedra da Taça *



Esta curiosa formação, que se parece com uma taça, está situada em Vila Velha no Paraná, e é o resultado da da acção do vento sobre o arenito.

- Paisagens Naturais *

Falhas *

O que são ?

Uma falha é uma superfície de fractura ao longo da qual ocorreu o movimento relativo dos blocos fracturados. Podem resultar da actuação de qualquer tipo de tensão em rochas com comportamento frágil.


Os elementos que caracterizam uma falha são os seguintes:

  • Plano de falha: superficie de fractura;
  • Tecto: bloco que se sobrepõe ao plano de falha;
  • Muro: bloco que se situa abaixo do plano de falha;
  • Rejecto: movimento relativo entre dois blocos da falha;
  • Inclinação: âgulo formado entre o plano de falha e um plano horizontal que o intercepta.

Dobras *

O que são ?

É uma deformação em que se verifica o encurvamento de superfícies originalmente planas. Resultam da actuação de tensões de compressão em rochas com comportamento dúctil. A parte da rocha que resiste a pressão das camadas superiores, mantendo-se dobrada sem sofrer nenhum tipo de fratura ou deformações secundárias é denominada camada competente, caso contrário, se ocorrer fratura, deformação ou não houver resistência à forca de dobramento, esta camada será denominada incompetente.


Os elementos que caracterizam uma dobra são:
  • Flancos: são os dois lados de uma dobra.
  • Eixo: é a linha que se encontra ao redor da dobra, podendo ser horizontal, inclinada ou vertical.
  • Plano axial: é a superfície que divide a dobra em duas partes similares.
  • Crista: é a linha que resulta da ligação dos pontos mais elevados de uma dobra.
  • Plano da crista: superfície formada pelo conjunto das cristas de um pacote de camada.

Uma outra classificação tem em conta a idade relativa das rochas da dobra da seguinte forma:
  • Anticlinal: dobra em que o núcleo da antiforma é ocupado pelas rochas mais antigas.
  • Sinclinal: dobra em que o núcleo da sinforma é ocupado pelas rochas mais recentes.

sábado, 5 de junho de 2010

Características das rochas magmáticas *

As rochas magmáticas podem classificar-se em plutónicas e vulcânicas, consoante a profundidade a que consolidam os magmas que lhes dão origem.
As rochas plutónicas, como o granito, o gabro ou o diorito, resultam da consolidação lenta do magma em profundidade, enquanto as rochas vulcânicas, como o basalto, o riólito ou o andesito, resultam da consolidação do material magmático à superfície ou muito próximo dela. A natureza dos magmas e as diferentes condições de consolidação das rochas influenciam as características que apresentam, nomeadamente a cor, a textura e a composição química e mineralógica
Textura: aspecto geral da rocha fornecida pelo tamanho, forma e arranjo dos grãos de minerais que a constituem. Pode ser:
  • Vítrea - aspecto semelhante ao do vidro, não se formam minerais. Resulta de um arrefecimento muito rápido do magma.
  • Afanítica ou agranular - são rochas com cristais muito pequenos, não sendo a maioria visíveis a olho nu. Resulta de um arrefecimento relativamente rápido do magma, que não permite o crescimento de cristais.
  • Fanerítica ou granular - são rochas com cristais suficientemente grandes para serem vistos à vista desarmada e que formam um mosaico. Resulta de um arrefecimento lento do magma que permite a organização da matéria cristalina.



Cor: reflecte os minerais mais abundantes na sua composição. Distinguem-se os minerais félsicos, ricos em sílica e alumínio que conferem uma cor clara às rochas e os minerais máficos, ricos em magnésio e em ferro, conferindo uma cor esc
ura à rocha.
  • Hololeucocrata - rocha muito clara, que apenas possui minerais félsicos.
  • Leucocrata - rocha clara, rica em minerais félsicos e pobres em minerais máficos.
  • Mesocrata - rocha de cor intermédia, que tem proporções semelhantes de minerais félsicos e máficos.
  • Melanocrata - rocha escura, rica em minerais máficos.
  • Holomelanocrata - rocha muito escura, constituída exclusivamente por minerais máficos.


Composição mineralógica e química: o composto predominante nas rochas magmáticas é o silício. As rochas são classificadas de acordo com a percentagem em sílica.
  • Rochas ácidas - percentagem de sílica maior do que 65.
  • Rochas intermédias - percentagem de sílica entre 52 e 65.
  • Rochas básicas - percentagem de sílica entre 43 e 52.
  • Rochas ultrabásicas - percentagem de sílica ,menor do que 43.

Princípios da Estratigrafia *

Há princípios que permitem interpretar os estratos sedimentares, procedendo à datação relativa das rochas e à ordenação cronológica de acontecimentos geológicos e de formas de vida do passado da Terra. Entre os Princípios da Estratigrafia mais importantes encontram-se os seguintes:

  • Princípios da Sobreposição: numa sequência de estratos sedimentares não deformados, os estratos mais antigos são os que se localizam por baixo e os mais recentes são os que se localizam por cima.
  • Princípio da Continuidade Lateral: um estrato sedimentar permanece lateralmente igual a si próprio ou varia de um modo contínuo.
  • Princípio da Identidade Paleontológica: estratos que apresentam o mesmo tipo de fósseis são da mesma idade.
  • Princípio da Intersecção: uma estrutura geológica que intersecta outra é mais recente do que esta.
  • Princípio da Inclusão: fragmentos de rochas incluídos ou incorporados noutra rocha são mais antigos do que a rocha que os contém.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Fossilização *

Entende-se por fósseis como sendo vestígios de seres vivos ou da sua actividade que, num determinado momento da História da Terra viveram no nosso Planeta. Para que os restos orgânicos possam conservar-se e cheguem a fossilizar é necessário que após a morte, o organismo seja rapidamente incluído num material protector que o preserve dos agentes que iriam provocar a sua decomposição. Os principais processos de fossilização são:

  • Mumificação: é um processo muito raro em que se verifica a conservação completa de indivíduos, incluindo os seus tecidos moles. A inclusão num meio asséptico facilita este tipo de fossilização. Exemplos: mamutes conservados no gelo; insectos conservados em âmbar.


  • Mineralização: fossilização frequente que se verifica na maioria dos fósseis de partes duras dos organismos, como ossos ou conchas. A matéria orgânica do organismo é substituída por matéria mineral.

  • Impressões orgânicas: caracteriza-se pela ausência do organismo que fossiliza, o qual se encontra representado na rocha por um molde das características morfológicas externas ou do interior das cavidades.


  • Marcas ou incnofósseis: está ausente qualquer parte do organismo fossilizado, o qual se encontra representado apenas por vestígios da sua actividade. Exemplos: pistas de locomoção de animais; vestígios fossilizados das actividades nutritiva e reprodutora.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ocupação Antrópica *


Reflexão: Este é apenas um exemplo de ocupação antrópica, entre muitos que existem. Cada vez mais as pessoas procuram casas à beira da praia sem pensarem nas consequências que adviram, fruto dos seu actos.

Sabia que (...) ? *

  • A larva da Polilla Polifemo consome 86.000 vezes o seu peso no momento de nascer, durante os seus primeiros 56 dias.


  • O maior eclipse lunar, de 1 hora e 47 minutos, ocorreu em 16 de julho do 2000.



  • Estima-se que a temperatura no centro da Terra seja de 5.500 graus Celsius.

O metamorfismo também joga bilhar *

Os primeiros bilhares, embora tivessem algumas semelhanças com os actuais, uma ez que tinham uma forma regular, tinham, no entanto, uma grande diferença: a mesa era feita de madeira e utilizavam-se tacos semelhantes aos actuais tacos de golfe. Embora a madeira pudesse garantir uma superfície plana e lisa, vibrava, o que não permitia que a bola tivesse a direcção pretendida.
Por volta de 1825, a história deste jogo fica definitivamente associada às rochas metamórficas. Os fabricantes de mesas de bilhar descobriram que, se a ardósia fosse usada no fabrico da superfície de jogo da mesa de bilhar, eram eliminadas as tão indesejáveis vibrações.

terça-feira, 23 de março de 2010

Rochas Sedimentares *

  • Rochas sedimentares Detríticas

As rochas detríticas são rochas formadas a partir de clastos, materiais detríticos resultantes da erosão de rochas já existentes e constituídas basicamente por minerais inalterados ou muito pouco alterados. Estas rochas podem ser não consolidadas, se os clastos se encontram soltos, ou ser consolidadas, se os clastos estão ligados por um cimento formado por minerais novos num processo de diagénese. A classificação destas rochas faz-se principalmente atendendo ao tamanho dos detritos.

  • Rochas Sedimentares Quimiogénicas

São rochas resultantes de sedimentos químicos em solução. São formadas, essencialmente, por minerais de neoformação resultantes da precipitação de substância em solução (calcários de precipitação) ou por evaporação do solvente (água), evaporitos.



  • Rochas sedimentares biogénicas

São rochas formadas, essencialmente, por sedimentos de origem orgânica, isto é, com origem a partir de restos de seres vivos ou por materiais por eles produzidos resultantes da sua actividade.

Reflexão: As rochas sedimentares, apesar de constituírem apenas uma pequena fracção do volume das rochas da crosta, cobrem 75 % da superfície dos continentes, facto que se explica atendendo à sua origem artificial. A grande variedade de rochas sedimentares existente resulta das condições ambientais em que as mesmas se formaram, como a pressão, temperatura, sedimentação, diagénese.

Meteorização *

Meteorização é o processo natural de decomposição ou desintegração de rochas, solos, e seus minerais constituintes, por acção dos efeitos químicos, físicos e biológicos que resultam da sua exposição ao factores ambientais, incluindo os factores antropogénicos, isto é devido directa ou indirectamente à acção humana. É o processo geral pelas quais as rochas são partidas à superfície da Terra. Pode assumir dois aspectos:
  • Meteorização química
  • Meteorização física
A meteorização química, ocorre quando os minerais numa rocha são alterados ou dissolvidos quimicamente. O desaparecimento das inscrições que se encontram em antigos monumentos são resultado da meteorização química.
As reacções mais tipicas da meteorização química são:
  • Oxidação
  • Dissolução
  • Hdrólise
  • Hidratação


Por sua vez, a meteorização física ocorre quando a rocha sólida se fragmenta por processos físicos, que não alteram a sua composição química. Depois de a tectónica e o vulcanismo terem formado montanhas, a alteração química e mecânica abrem fendas, diaclases, nas mesmas através da chuva, do vento, do gelo, da neve e da gravidade de modo a aplanar a paisagem. É este o percurso da erosão, definida como o conjunto de processos de aplanação da crosta terrestre através dos agentes da geodinâmica externa envolvendo meteorização do material já existente, transporte e deposição do mesmo noutro local, contribuindo para a modificação das formas criadas pelos agentes de geodinâmica interna. Ao fazer isto, a erosão está continuamente a pôr a descoberto mais material rochoso que fica pronto para ser alterado, ao mesmo tempo que novas rochas surgem nas bacias de sedimentação.

Reflexão: A meteorização química e física entreajudam-se, reforçando-se uma à outra ou seja, quanto mais rápido for o decaimento, maior se torna o enfraquecimento dos fragmentos e mais susceptível a rocha é de se quebrar, por sua vez, quanto menores forem os fragmentos, maior a superfície disponível para o ataque químico e mais rápido se torna o decaimento. Por outro lado, a meteorização e a erosão estão relacionados, uma vez que são os principais processos do ciclo litológico. Juntamente com a tectónica e o vulcanismo, a meteorização e erosão modificam a forma da superfície terrestre e alteram o material rochoso, convertendo todos os tipos de rochas em sedimentos e formando solos. Em algumas circunstâncias, a meteorização e a erosão chegam mesmo a ser são inseparáveis.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Minerais *


Minerais são corpos sólidos, naturais, inorgânicos de estrutura cristalina e com composição química fixa ou variável dentro de certos limites.

Eles possuiem propriedades físicas que consiste na identificação de propriedades ópticas:

- Cor
- Risca
- Brilho

E propriedades mecânicas:

- Dureza
- Clivagem
- Fractura
E determinação da dureza.

Por sua vez, as propriedades químicas consistem na realização de testes e análises químicas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Notícia *


Também em Arcos de Valdevez, a encosta foi madrasta para quem nela habita. Um rio de lamas e pedras atravessou o Monte Cotinho, espalhando a morte na aldeia de Frades.

Manuel Rocha da Mó, de 67 anos, assitiu à tragédia. Estava com a esposa Libéria, a trabalhar no campo quando assistiu, impotente, à enxurrada, com pedragulhos a caírem de uma altura de cem metros, abatendo-se sobre a aldeia.


« Nunca vi nada como isto. quando houver o fim do mundo, acho que será assim », desabafa Manuel da Mó, que chora a morte de quatro dos seus amigos, mas agradece ao céu ter-lhe poupado a sua casa. « Foi tudo muito rápido. Veio a enxurrada e levou tudo, antes de alguém ter tempo para chamar por socorro », cpmenta a mulher.


A aldeia de Frades ficou literalmente partida ao meio. Três casas e várias garagens foram destruídas e outras três habitações ficaram seriamente danificadas, O medo é, desde então, o sentimento mais comum, entre os seus 41 habitantes, Os técnicos de protecção civil confirmaram a instabilidade dos terrenos e não excluem a possibilidade de novas derrocadas.


Esta semana um desprendimento de terras ameaçou também uma outra freguesia de Arcos, No lugar de Cestães, em Sebadim, a população saiu para a rua com medo de ver repetidos os acontecimentos de Frades. Um aluimento de terras no monte sobranceiro ao lugar bloqueou uma estrada e danificou uma habitação, não causando, contudo, vítimas. Segundo pessoas presentes, só a vegetação terá impedido que a derroada fosse maior, embora temam os efeitos nefastos da persistência do mau tempo.


Reflexão: Frades está situado numa zona de risco geológico, uma vez que se encontra numa inclinação, factor condicionante para a ocorrência de movimentos de massa. Assim como as pessoas presentes no desprendimento de terras em Sebadim disseram, é muito provável que tenha sido a vegetação a impedir uma derrocada maior. Têm ainda razões para temer a persistência do mau tempo, pois estas condições são factores desencadeantes para a ocorrência de tal tragédia. No entanto, há varios procedimentos que podem tomar, tais como a elaboração de cartas de ordenamento do território, colocação de redes ou muros de suporte com sistemas de drenagem, entre outros.

Comentário *

"Durante uma transgressão ocorre um aumento da biodiversidade."

As subidas e descidas do nível médio do mar são também importantes na evolução dos rios.
Quando ocorrem alternâncias de períodos glaciários (mais frio e maior quantidade de precipitação) com fases interglaciárias (mais quentes e secas), podem originar-se também aspectos característicos ao nível da evolução de um rio. Os rios que apresentam caudais elevados transportam uma enorme carga sólida que se deposita sob a forma de aluviões, contribuindo para a formação de planícies aluviais. A deposição deste tipo de materiais é sobretudo importante no curso inferior dos rios.
Durante uma fase glaciária pode ocorrer uma regressão marinha devido à descida do nível do mar. Esta situação pode ter como consequência a descida do nível de base de um rio. O nível de base de um rio corresponde à menor cota que o fluxo de água pode atingir, que em regra é a cota da foz, ou seja, o local onde a água entra no oceano.

Quando a posição do nível de base baixa, essa alteração repercute-se em todo o curso do rio, seguindo uma direcção contrária à da corrente. Toda a actividade fluvial rejuvenesce, encaixando-se o rio primeiro junto à foz, o que faz aumentar o declive. A vaga de erosão regressiva (de jusante para montante) atingirá toda a rede, procurando estabelecer um novo perfil de equilíbrio. As vertentes voltam a recuar e formam-se novas planícies aluviais, repetindo-se o ciclo.
O encaixe do rio provocado pelo rejuvenescimento faz com que os depósitos, que constituíam a antiga planície aluvial, fiquem elevados em relação ao novo leito, constituindo-se degraus de depósitos ou terraços fluviais.


Desta forma, com a contínua repetição de vários ciclos de erosão, podem originar-se diferentes níveis de terraços fluviais, que são tanto mais antigos quanto mais elevados se encontram. Uma vez ocupado um determinado encaixe, o rio nunca mais voltará à posição anterior. Para a maior parte dos especialistas em dinâmica fluvial, os terraços fluviais que são apresentados pela maioria dos rios das zonas temperadas devem-se a flutuações dos caudais originadas por fenómenos glacioeustáticos. As variações glacioeustáticas verificadas durante o Pleistocénico produziram os vários níveis de terraços fluviais que actualmente podem ser identificados no curso inferior da maioria dos rios portugueses, nomeadamente no Douro, no Tejo e no Guadiana.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Barragens *


As barragens são construcções transversais a um curso de água, ficando esta represada, criando uma albufeira.
Tem como vantagens:
  • Regularização dos caudais
  • Irrigação
  • Abastecimento de água
  • Produção de energia hidroeléctrica
  • Actividades turísticas e desportivas

Assim como também tem desvantagens:

  • Acumulação de sedimentos com perda de capacidade de armazenamento
  • Redução de detritos debitados no mar
  • Problemas de segurança
  • Impacto negativo nos ecossistemas aquáticos e terrestres na zona
Reflexão: Apesar das vantagens conhecidas, penso que as desvantagens se sobrepõem. um exemplo do perigo destas estruturas é, com o passar do tempo a barragem pode começar a desmorenar em alguns segmentos e acabar por romper, o que seria uma tragédia.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

- Para Reflectir *


Reflexão: Este cartoon mostra uma ocupação antrópica, a habitação em leito de cheia. Consequentemente ilustra que as medidas de prevenção, tais como ordenamento e controlo da ocupação humana dos leitos de cheia, impedimento de construção e urbanização de potenciais zonas de cheia; construção de sistemas integradas de regularização dos cursos de água com construcção de barragens, não estão a ser cumpridas o que é prejudicial, tanto para a paisagem como para as pessoas que lá vivem, pois correm o risco de em marés de cheias, verem as suas casas inundadas, assim como a zona ao seu redor.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Geologia *


Agora iremos abordar uma outra matéria, a Geologia :)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sistema de classificação de Whittaker *


O sistema de classificação de Whittaker foi desenvolvido em 1969 e posteriormente modificado em 1979. A grande diferença entre estas duas versões refere-se à posição das algas. Inicialmente estavam distribuídas entre o Reino Protista e Plantae, consoante fossem, respectivamente, unicelulares ou pluricelulares, foram colocadas no Reino Protista, devido à sua simplicidade estrutural, apesar da pluricelularidade de muitas delas. O facto de o Reino Protista passar a incluir seres multicelulares de baixo grau de diferenciação celular leva alguns autores a sugerirem o nome de Protoctista para este reino.
O sistema de clasificação de Whittaker divide os seres vivos em cinco reinos, tendo sido usado os seguintes critérios de classificação:
  • Nível de organização celular e estrutural

- Monera: seres procariontes

- Protista: seres eucariontes unicelulares

- Plantae, Fungi e Animalia: seres eucariontes multicelulares

  • Tipo de nutrição

- Monera: seres fotossintéticos, quimiossintéticos e por absorção

- Protista: por absorção, ingestão ou fotossíntese

- Plantae: seres fotossintéticos

- Fungi: por absorção

- Animalia: por ingestão

  • Interacções nos ecossistemas

- Produtores: seres autotróficos

- Macroconsumidores: seres heterotróficos que ingerem alimento

- Microconsumidores: seres heterotróficos que decompõem matéria orgânica e absorvem produtos.

Cavalo Marinho *


CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Osteichthyes
Sub-classe: Actinopterygii
Ordem: Gasterosteiformes
Família: Syngnathidae
Género: Hippocampus


Curiosidades:


  • Os cavalos-marinhos vivem nas águas de mares localizados em regiões de climas temperado e tropical.
  • O cavalo-marinho é uma espécie de peixe que possui a capacidade de mudar de cor.
  • Para movimentar-se pela água usam a vibração das barbatanas dorsais
  • A época de reprodução da fémea ocorre na Primavera. Ela deita diversos ovos que são fertilizados pelo macho que os guarda numa bolsa (base da calda) até ao nascimento.
  • A alimentação baseia-se em: pequenos vermes, moluscos, crustáceos e algumas espécies de planctons.
  • O alimento é sugado pelo cavalo-marinho através de seu fucinho tubular.
  • Possuem dois olhos e a capacidade de mexer um independente do outro.
  • Nadam na posição vertical.
  • O corpo é coberto com placas em anel e possuem espinhos na nadadeira dorsal.
  • São utilizados em aquários ornamentais de água salgada, porém necessitam de cuidados especiais para sobreviverem.


CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:


Comprimento: 15 cm aproximadamente

Cor: amarelo, vermelho, marrom (possui a capacidade de mudar de cor)

Peso: em média de 50 a 100 gramas

domingo, 10 de janeiro de 2010

Neodarwinismo *

O neodarwinismo responde às questões não esclarecidas pelo darwinismo:

  • Como surge uma variação ?

  • Como é transmitida uma variação hereditária ?

Em meados do século XX surgiu uma teorian evolucionista mais consistente que ficou conhecida como a teoria sintética da evolução ou neodarwinismo, que pode resumir-se nos seguintes aspectos:

  • Os cromossomas são estruturas que transportam os genes responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres dos indivíduos.

  • A ocorrência de mutações, génicas e cromossómicas, aumenta a variabilidade genética, podendo conduzir ao aparecimento de novos genes responsáveis por novas características.

  • A meiose, durante a qual ocorre a separação dos cromossomas homólogos e o crossing-over, conduz ao aparecimento de novas combinações genéticas nos gâmetas.

  • A fecundação dá origem a uma descendência com múltiplas combinações genéticas, o que se reflecte numa elevada variabilidade de carcterísticas.

  • A selecção natural actua sobre a grande variedade de descendentes dentro da população, que é assim influenciada pelo meio ambiente.

  • As populações podem, assim, ver alterado o seu fundo genético, ou seja, o conjunto de genes que caracteriza a população, evoluindo de uma forma lenta e gradual.

Reflexão: De uma maneira geral, o neodarwinismo é uma reformulação do darwinismo à luz dos conhecimentos da genética. Esta teoria, consiste basicamente nos conceitos de mutação, variedade genética, selecção natural e isolamento geográfico e reprodutivo, sendo mutação uma alteração na sequência de bases do DNA. É de salientar que apenas as mutações que ocorrem nas células reprodutoras têm importância evolutiva. Normalmente as mutações são prejudiciais para o ser em questão, no entanto quando estas são benéficas espalham-se por selecção natural e contribuem para a adaptação do organismo e transformação da espécie. A reprodução sexuada confere uma maior variedade genética às populações, aumentando assim a velocidade do processo evolutivo e consequentemente, uma maior facilidade na adaptação da espécie a ambienets diferentes.

Argumentos a favor do evolucionismo *

- Anatomia comparada

A anatomia comparada investiga as similaridades e as diferenças entre organismos nas suas estruturas ósseas e em outras partes do corpo. A correspondência entre algumas estruturas é muito próxima entre alguns organismos, mas torna-se menos próxima à medida que os organismos se encontram menos próximos na sua história evolutiva. A similaridade entre estruturas prova, não apenas a evolução, como também ajuda a reconstruir a filogenia, ou história evolutiva dos organismos.

Estruturas homólogas: são orgãos que têm a mesma origem, a mesma estrutura básica e posição idêntica no organismo, podendo desempenhar funções diferentes. Têm uma aevolução convergente.

Estruturas análogas: são orgãos que têm origem, estrutura e posição relativa diferentes, desenpenhando uma mesma função. Este fenómeno conduz a uma evolução convergente.

Estruturas vestigiais: são orgãos que resultam da atrofia de um orgão primitivamente desenvolvido. Exemplos destes orgãos no ser humano são o apêndice intestinal e o dente do siso.





- Dados Bioquímicos

A biologia molecular surgiu em meados do século XX , esta nova área de estudos trouxe à luz a natureza do material hereditário e o "trabalhar" de organismos a nível molecular e enzimático. Hoje em dia a biologia molecular fornece os dados mais evidentes a favor da evolução.
Sabe-se hoje que o ADN e as enzimas governam todos os processos biológicos e retêm informação acerca dos ancestrais dos organismos. Esta informação tornou capaz a reconstrução de acontecimentos evolutivos previamente desconhecidos.
Basicamente a biologia molecular examina as sequências de ADN e proteínas de diferentes espécies. As espécies que apresentam maior percentagem de sequências de ADN compartilhadas estão mais próximas do que espécies que apresentem percentagens menores.





- Argumentos Paleontológicos
Fósseis são restos ou vestígios da actividade de ser vivos pré-históricos que ficaram preservados em rochas sedimentares, ou "presos" em matéria orgânica.
- Foram descobertos fósseis que representam a maioria dos grupos que existem actualmente, assim como também fósseis que representam grupos que actualmente se encontram extintos, o que contraria a ideia de imutabilidade das espécies.
- A descoberta de séries ou sequênciasde fósseis ilustram as modificações sofridas ao longo de um processo evolutivo por determinados grupos.
- A existência de fósseis de transição sugere a existência de antepassados comuns para diferentes grupos de seres vivos. Estes fósseis apresentam características de dois grupos distintos, como por exemplo, o Archaeopteryx, que apresenta caracteres comuns aos Répteis, dentes e escamas, e às Aves, penas e asas.





- Argumentos Citológicos


A teoria celular afirma que todos os seres vivos são constituídos por células. O facto de existir uma certa uniformidade nos processos e mecanismos celulares dos seres dos vários reinos, como a mitose e a meiose, constitui também um forte argumento a favor de uma origem comum para os seres vivos.