" Nada na Biologia faz sentido se não for à luz da evolução "

Dobzhansky

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O animal mais venenoso do Mundo *

O animal mais venenoso do mundo é a vespa-do-mar (Chironex fleckeri). Ela é uma espécie de medusa que vive nas águas do Pacífico. As suas toxinas penetram na pele, caem na circulação sanguínea e chegam ao coração e ao pulmão paralisando os batimentos e a respiração em cinco minutos.

Profecia *

Um dia, a Terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito. Mas vão recuperá-lo para ensinar o homem branco a reverência pela terra sagrada. Aí, então, todas as raças vão se reunir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos guerreiros do arco-íris.

(Profecia feita a mais de 200 anos por "Olhos de Fogo", uma velha índia Cree)
Reflexão: Este excerto chamou-me a atenção, porque de facto, é o futuro que nos espera. Há muito se fala do " fim do mundo " e se de facto isso vier a acontecer, acredito que ronde o dito nesta profecia. Com a poluição, a Terra vai adoencendo gradualmente e consequentemente, os animais são e serão cada vez mais afectados, assim como os humanos, levando mesmo à sua morte e até à sua extinção. Mas será que algum dia os povos se vão unir para terminar com esta lenta e gradual destruição ?

Reflexão às aulas laboratoriais *

Ao longo deste período fomos realizando várias actividades laboratoriais de acordo com a matéria abordada nas aulas teóricas. Como de costume, foram muito interessantes e permitiram-nos perceber melhor a matéria leccionada. Gostei particularmente da extracção de DNA células de um kiwi e da actividade referente à reprodução assexuada, apesar de este novo modelo de relatório nos complicar um bocado a vida.

Os Corais *

Os Corais da grande barreira australiana, libertam simultaneamente milhões de gâmetas que turvam as águas. Apesar de constituir um manjar para muitos predadores, estes são incapazes de os ingerir na totalidade. Assim, graças a esta estratégia, a descendência dos corais fica assegurada, sendo considerada, uma solução espectacular.

Um decorador imaginativo *

Os pássaros azuis machos, procuram seduzir as fêmeas, na época de acasalamento, construindo um caramanchão com pequeno ramos, e decorando o solo com os mais variados materiais que seccionam, sendo estes azuis.
As fêmeas inspeccionam as decorações e escolhem o macho que lhes parece mais criativo.

Darwinismo *

O Darwinismo é uma teoria elaborada pelo naturalista inglês Charles Robert Darwin, explicando a evolução dos seres vivos por meio da selecção natural.
Darwin propôs três conclusões fundamentadas em quatro observações, reunindo evidências biológicas, favorecendo o mecanismo evolucionista. Baseado num conjunto vasto de observações realizadas durante a viagem do HMS Beagle e tomando como modelo diversas espécies de tentilhões das ilhas Galápagos Darwin expôs 4 observações:
Primeiro, o rápido crescimento populacional está relacionado com o potencial reprodutivo das espécies (capacidade inerente do organismo);
Segundo, a relativa estabilidade quanto ao contingente populacional, limitada pelas condições ambientais ao longo do tempo, devido a factores como disponibilidade de alimento, predação, parasitismo e locais de procriação;
Terceiro, os organismos de uma mesma população manifestam capacidades diferenciadas para uma mesma condição, podendo a característica em questão (reprodutiva, alimentar, defesa, e outras intrínsecas de cada espécie), conformar uma situação favorável ou desfavorável à sua existência;
Por fim, boa parte das aptidões são transferidas hereditariamente.

Assim Darwin conclui que :
Durante a transição de gerações, um considerável número de indivíduos falece, antes mesmo de procriarem;
Os que sobrevivem e geram descendentes, são aqueles seleccionados e adaptados ao meio devido às relações com os de sua espécie e também ao ambiente onde vivem;
A cada geração, a selecção natural favorece a permanência das características adaptadas, constantemente aprimoradas e constantemente melhoradas.

Reflexão: Para Darwin, o meio exerce uma selecção natural que favorece os indivíduos que possuem as características mais apropriadas para um determinao ambiente e para um determinado tempo, tornando-os mais aptos e eliminando gradualmente os restantes. Isto levará a uma luta pela sobrevivência, na qual ganharão os indivíduos com as características mais vantajosas. De certa forma, concordo com esta visão de Darwin, pois isto é um bocado o que acontece entre todas a populações.

Lamarck *

Jean Baptiste Lamarck nasceu no dia 1 de agosto de 1744 na cidade de Bazentin (França) e faleceu no ano de 1829, em Paris. Foi um importante biólogo, pois os seus estudos contribuíram muito para a sistematização dos conhecimentos da História Natural.
Foi Lamarck quem começou a usar o termo “biologia” para designar a ciência que estuda os seres vivos. As suas teorias eram transformistas, ou seja, partia do princípio de que os seres vivos evoluem e se transformam. Desta forma, os organismos mais simples, com o passar do tempo, iriam se transformando em seres mais complexos, até atingirem uma condição de vida ideal e perfeita.



- Lei do uso e desuso

A necessidade cria o orgão apropriado e a função modifica-o, isto é, os órgãos que são pouco utilizados durante a vida de um animal vão, com o passar do tempo, atrofiando e perdendo suas funções até desaparecer. Por outro lado, os órgãos mais utilizados, cujas funções para a sobrevivência são fundamentais, tendem a ganhar força e a desenvolverem-se de forma proporcional ao tempo utilizado. Para explicar esta teoria, Lamarck utilizou o exemplo das girafas. Estes animais, necessitando obter seus alimentos no topo de árvores altas, fortaleciam com o tempo (de gerações para gerações) o pescoço e, por isso, tinham esta parte do corpo bem desenvolvida.





- Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos


Lamarck afirmava que o meio ambiente estava permanentemente sofrendo modificações e evoluções. Logo, o corpo dos seres vivos possuíam a capacidade de transformação com o objetivo de se adaptarem às mudanças do meio ambiente. As transformações adquiridas por uma espécie seriam transmitidas para o seus descendentes. Com o passar de gerações (milhões de anos) as espécies vão acumulando transformações, dando origem a novos grupos de seres vivos. Em suma, as modificações do meio ambiente vão “forçando” e gerando necessidades de transformações anatômicas, orgânicas e comportamentais nas espécies.




Reflexão: Não discordo totalmente com Lamarck, no entanto factos como não se conseguirem testar a " necessidade de adaptação " ou " procura de perfeição " e o facto de as modificações provenientes do uso e desuso dos orgãos serem adaptações individuais, tiram um pouco de credibilidade aos seus fundamentos.

Evolucionismo *

O evolucionismo (também chamado transformismo antes de Lamarck ou teoria da evolução) admite que as espécies não são imutáveis e que sofrem modificações ao longo do tempo. Esta ideia alinha com uma percepção dinâmica e transformista do mundo e resulta de um vasto conjunto de contributos das diversas áreas do conhecimento. A implantação definitiva das ideias evolucionistas só foi possível com o aparecimento de mecanismos explicativos fundamentados e alicerçados em argumentos claro.
Reflexão: Esta doutrina não é tanto assim posta de parte, porque de facto houve uma evolução lenta e gradual das espécies, continuando a ser um assunto bastante polémico e a ser objecto de acesos debates científicos, sobretudo quanto aos mecanismos evolutivos.

Fixismo *

O fixismo era uma doutrina ou teoria filosófica aceite no século XVIII. Propunha na biologia que todas as espécies foram criadas tal como são por poder divino, e permaneceriam assim, imutáveis, por toda sua existência, sem que jamais ocorressem mudanças significativas na sua descendência. Um dos maiores defensores do fixismo foi o naturalista francês Georges Cuvier.


Reflexão: Actualmente esta ideia está totalmente ultrapassada e sabemos que não poderia ser assim, pois as espécies que existiam antigamente já não são as mesmas, estando modificadas. Também sabemos que não foi por poder divino que elas foram criadas, apesar de muitas pessoas ainda acreditarem nisso.

O sexo em função da necessidade *

Os peixes da espécie Labroides dimidiatus vivem em grupos com um só macho, que é o indivíduo maior, e uma dezena de fêmeas mais pequenas, com as quais se reproduz.
Se o macho morre, a fêmea mais forte do grupo transforma-se em macho. Dentro de uma semana passa a produzir espermatozóies em vez de óvulos. Este transexualismo surpreendente permite a sobrevivência de um grupo que perdeu o seu líder.

O primeiro gato clonado *

Nasceu em Dezembro de 2001, o primeiro gato concebido por clonagem, de modo idêntico ao utilizado com a ovelha Dolly. No entanto, a taxa de sucesso não foi superior, pois o nascimento do gato só acontceu após 87 tentativas falhadas. Espera-se que tenha um futuro mais risonho do que o dos outros clones, que tiveram problemas de envelhecimento precoce e anomalias do sistema imunitário, entre outras.

Modelo Autogénico *

Este modelo, é uma hipótese explicativa do aparecimento dos eucariontes, segundo a qual estes seres vivos tiveram origem na evolução gradual de procariontes. Defende que as células eucarióticas surgiram a partir de células procarióticas que desenvolveram sistemas endomembranares a partir de invaginações existentes na membrana plasmática. É uma hipótese com pouca aceitação na comunidade científica, uma vez que, não esclarece a causa nem a forma como se processou a especialização das membranas invaginadas nas células procarióticas que esteve na origem do aparecimento das células eucaróticas e pressupõe que o material genético nuclear é idêntico ao material genético existente nas mitocôndrias e cloroplastos, o que efectivamente não sucede.

Reflexão: É um modelo com pouca credibilidade, uma vez que deixa muitas coisas por explicar, no entanto sugere uma explicação para a divisão interna das funções da célula.

Modelo endossimbiótico *

O modelo endossimbiótico, é uma das hipóteses do aparecimento dos seres eucariontes, relacionando-se com a sua origem. De acordo com este modelo a célula eucariótica surge a partir de várias células procarióticas que se associam numa relação simbiótica, sofrendo alterações durante essa relação. Uma célula procariótica ancestral terá capturado outras células procarióticas com benefício mútuo para todas as participantes. Mais tarde, cada uma destas células procarióticas especializou-se no sentido dos diferentes organitos membranares da célula eucariótica. O facto de cloroplastos e mitocôndrias possuirem DNA e ribossomas semelhantes ao dos procariontes, apresentarem as suas membranas internas e dividirem-se independentemente da célula que os contém faz com que este seja o modelo mais aceite.

Refexão: O modelo endossimbiótico é o modelo actualmente mais aceite, pois há factos que o fundamentam, tais como:

As mitocôndrias e os cloroplastos assemelham-se a bactérias na forma, tamanho e estrutura; estes organelos também produzem as suas membranas internas, e dividem-se independentemente da célula e ainda contêm DNA em moléculas circulares não associadas a proteínas. Os seus ribossomas são mais parecidos com os da célula procariótica e além de tudo isto, actualmente, encontram-se associações simbióticas entre bactérias e alguns eucariontes.

No entanto, há muitos aspectos da organização eucariótica para os quais este modelo ainda não apresenta respostas consensuais, como a origem do núcleo e dos restantes organelos membranares, havendo assim quem sugira processos autogénicos para explicar a origem destes constituintes.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

- Cilo de vida do Homem *


O ciclo de vida do homem, tem como principais características:

- gâmetas morfologicamente diferenciados e produzidos em ovários e testículos;

- meiose pré-gamética (ocorre na formação dos gâmetas);

- há alternânia de fases nucleares;

- é um organismo diplonte, pertencendo apenas os gâmetas à fase diplóide.

Reflexão: Sobre o ciclo de vida do Homem, não há muito mais a dizer. Nos mamíferos (incluindo a espécie humana) a reprodução é apenas sexuada, havendo unissexualismo. A meiose que ocorre durante este ciclo é pré-gamética, uma vez que ocorre aquando a formação dos gâmetas. Os organismos com este ciclo, são diplontes, pois só os gâmetas pertencem à fase haplóide, pertencendo tudo o resto à fase diplóide.

Ciclo de vida do Polipódio *

O ciclo de vida do polipódio apresenta as seguintes características:

- meiose pré-espórica (ocorre na formação dos esporos);
- a sua fecundação depende da água;

- há a ocorrência de fases nucleares (fase haplóide / fase diplóide);

- a planta adulta pertence à fase diplóide, sendo esta, a fase mais desenvolvida;

- é um organismo haplodiplonte.

Reflexão: O polipódio é um feto muito comum no nosso país, sobretudo em locais húmidos, como zonas arborizadas, na base das árvores e até em muros velhos, formando os chamados tufos. Reproduz-se assexuadamente através dos rizomas e também sexuadamente, sendo a sua fecundação depenente de água, apesar de este ter vida terrestre. Na época de reprodução surgem na página inferior das folhas manchas amarelas que são grupos de esporângios (estruturas pluricelulares que contêm esporos). Ao longo da reprodução, nas células-mãe dos esporos, ocorre a meiose, onde se originam esporos que depois de maduros são libertados.O organismo adulto pertence à fase diplóide, sendo esta a fase mais desenvolvida. É um ser haplodiplonte, pois como é um ser haplodiplonte, tem meiose pré-espórica e assim a haplofase e diplofase são bem diferenciadas, uma vez que nelas se incluem entidades multicelulares.


Cilo de vida da Espirogira *

O ciclo de vida da epirogira, tem como características:

- gâmetas morfologicamente indiferenciados;
- o conteúdo de um filamento move-se (gâmeta dador) em direcção ao conteudo celular de outro filamento (gâmeta receptor) através do tubo de conjugação, canal formado por dissolução das membranas de separação entre cada duas células dos dois filamentos;

- meiose pós-zigótica (ocorre após a formação do zigoto);

- alternância de fases nucleares ( alternância entre a fase haplóide e a fase diplóide);

- organismo haplonte, só pertencendo à fase diplóide o zigoto.






Reflexão: A espirogira é uma alga verde que vive em água doce, fundamentalmente em charcos e regatos, formando agregados filamentosos. Reproduz-se assexuadamente por fragmentação de filamentos, os quais crescendo originam novos indivíduos. Isto acontece quando as condições são favoráveis, como na Primavera, ao invés, em condições desfavoráveis do meio, esta alga reproduz-se sexuadamente Quando se dá este fenómeno, verifica-se a ocorrência e fecundação e meiose, e consequentemente, a existência de alternância de fases nucleares. Assim, a espirogira é um organismo haplonte, pois como a sua meiose é pós-zigótica, todo o seu ciclo ocorre na fase haplóide, à excepção do zigoto que pertence à fase dilpóide.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Ciclo de Vida *

Um ciclo de vida é uma sequência de acontecimentos que ocorrem na vida de um ser vivo, desde que é concebido até produzir a sua própria descendência. Mantém-se e geração para geração.
Existe uma grande diversidade de ciclos de vida. No ciclo de vida de organismos com reprodução assexuada não há alteração do número de cromossomas( alternância de fases nucleares), verificando-se estabilidade genética, enquanto que nos organismos com reprodução sexuada, o ciclo de vida inclui fenómenos de fecundação, com duplicação do número de cromossomas, e de meiose, com reposição do número de cromossomas duplicado, (ocorrendo alternância de fases nucleares), fase haplóide e fase diplóide.A fase haplóide, ou haplofase, compreendida entre a meiose e a fecundação, inicia-se na célula que resulta da meiose e que possui n cromossomas, já a fase diplóide, ou diplofase, compreendida entre a fecundação e a meiose, inicia-se na célula que resulta da fecundação (ovo) e que possui 2n cromossomas.




Variabilidade Genética *

A variabilidade genética, resulta da separação aleatória dos cromossomas homólogos e da recombinação de genes no crossing-over, durante a meiose, e da união aleatória dos gâmetas aquando da fecundção.
Os indivíduos formados por reprodução sexuada são os únicos diferentes entre si e dos seus progenitores.

sábado, 5 de dezembro de 2009

- Sabia que ?

- O camelo é capaz de beber 100 litros de água de uma só vez.
- O beija-flor bate as suas asas cerca de 80 vezes por segundo.
- A gelatina é uma proteína animal chamado colágeno, tirada quase sempre do couro do boi.




Mutações *

Uma mutação é definida como qualquer alteração permanente do DNA. Pode ocorrer em qualquer célula, tanto em células da linhagem germinativa como em células somáticas. As mutações envolvem Mutações Cromossómicas (quebra ou rearranjo dos cromossomas) e Mutações Génicas (quando modifica os genes).
São fonte primária de informação genética e por vezes a chave do sucesso evolutico dos seres vivos. As mutações são raras e raramente são hereditárias e os seus efeitos vão desde inconsequente a fatais.




segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A doença mais antiga do mundo *

A doença conhecida mais antiga do mundo é a lepra, cujos primeiros registos foram em 1350 a.C.
Apesar da idade e de um tratamento rápido e eficaz contra ela, só foi descoberto no início dos anos 80, com o desenvolvimento da poliquimioterapia. A moléstia é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, e ataca principalmente os nervos e a pele, podendo causar deformações em estágios mais avançados.
Devido ao preconceito com o qual a doença é encarada, seu nome foi mudado no Brasil para hanseníase.


Meiose *

Meiose, é o nome dado ao processo de divisão celular, através do qual, reduz o número de cromossomas de uma célula para metade. É por este processo que os gâmetas e os esporos são formados.

Nos organismos de reprodução sexuada a formação de seus gâmetas ocorre por meio desse tipo de divisão celular. Quando ocorre fecundação, ressurge uma célula diplóide, que passará por numerosas mitoses comuns até formar um novo indivíduo, cujas células serão, também, diplóides.
Nos vegetais, que se caracterizam pela presença de um ciclo reprodutivo haplodiplobionte, a meiose não tem como fim a formação de gâmetas, mas, sim, a formação de esporos. Curiosamente, nos vegetais a meiose relaciona-se com a porção assexuada do seu ciclo reprodutivo.
A meiose permite ainda, a recombinação gênica, de tal forma que cada célula diplóide é capaz de formar quatro células haplóides geneticamente diferentes entre si. O que explica a variabilidade das espécies de reprodução sexuada.

A meiose conduz à redução para metade do número dos cromossomas. A primeira divisão é a mais complexa, sendo designada por divisão reduccional. É durante esta divisão que ocorre a redução a metade do número de cromossomas. Na primeira fase, os cromossomas emparelham-se e trocam material genético (entrecruzamento ou crossing-over), antes de se separar em duas células filhas. Cada um dos núcleos destas células filhas tem só metade do número original de cromossomas. Os dois núcleos resultantes dividem-se na Meiose II (ou Divisão II da Meiose), formando quatro células.


Qualquer das divisões ocorre em quatro fases:




- prófase;


- metáfase;


- anáfase;


- telófase.

Fecundação *

A fecundação consiste na união de dois gâmetas, um feminino e outro masculino, produzindo uma célula, o ovo ou zigoto, a partir da qual se desenvolve um novo ser vivo. Nos organismos superiores, os gâmetas, que se formam por meiose, contêm metade do número normal de cromossomas da espécie a que pertencem, pelo que durante a fecundação, com a ocorrência da fusão dos dois gâmetas e dos seus núcleos, o número de cromossomas característico da espécie é reposto.
A união dos gâmetas é feita ao acaso, uma vez que cada célula diplóide dá origem a quatro gâmetas, cada gâmeta feminino pode ser fecundado por quatro gâmetas masculinos diferentes. A fecundação introduz, assim, variabilidade genética nas espécies.
Pode verificar-se fora do corpo (fecundação externa) ou no interior da fêmea (fecundação interna), como resultado da cópula.


A fecundação externa ocorre em meio líquido, sendo frequente na maioria das espécies aquáticas ou em espécies em que a fecundação depende da presença de água. O macho e a fêmea libertam simultaneamente grandes quantidades de gâmetas na água, onde ocorre a fusão da célula masculina com a feminina. Isto é possível, porque a água protege o ovo ou zigoto da desidratação.


Por sua vez, a fecundação interna é um mecanismo praticado pelos animais que se desenvolvem a partir de um ovo com casca e rico em reservas nutritivas, ou por aqueles cujo embrião se desenvolve no interior do corpo materno. Em algumas espécies de tubarões e raias, a zona pélvica é especializada, permitindo a passagem do esperma para a fêmea, e na maior parte destes animais o embrião desenvolve-se internamente e nasce livre. Na terra, a fecundação interna é uma necessidade, porque o esperma e os ovos desidratam-se rapidamente quando expostos ao ar. Muitas vezes os machos possuem um órgão copulador que permite a transferência do esperma para a fêmea. Répteis e aves desenvolvem-se a partir de ovos protegidos por casca. Nos mamíferos placentários, o embrião desenvolve-se no útero, onde recebe alimentos através da placenta. As duas estratégias de reprodução que se encontram nos animais, o unissexualismo, em que os gâmetas femininos e masculinos são produzidos por indivíduos distintos, e o hermafroditismo, em que o mesmo indivíduo produz ambos os tipos de gâmetas, condicionam o tipo de fecundação. No unissexualismo a fecundação é cruzada, pois requer a intervenção de dois indivíduos e a fusão dos seus gâmetas. Já no hermafroditismo, pode ocorrer autofecundação (hermafroditismo suficiente), em que os gâmetas que dão origem ao ovo são produzidos pelo mesmo indivíduo, ou
fecundação cruzada (hermafroditismo insuficiente), tal como no unissexualismo.










Reprodução assexuada *

As características da reprodução assexuada são as seguintes:

- ocorre sem a intervenção de gâmetas;

- descendência a partir de um único progenitor;

- os descendentes são geneticamente iguais.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ciclo Celular *

Designa-se por ciclo celular, o crescimento e a divisão da célula de forma contínua e repetitiva. Então, este é o conjunto de transformações que decorrem desde a formação de uma célula até ao momento em que ela própria, por divisão, origina duas células-filhas.
Existem duas fases no ciclo celular: a interfase, onde ocorre a duplicação do material genético e sendo o período entre o fim da divisão celular e o início da seguinte; e a fase mitótica, onde ocorre a mitose (divisão do núcleo) e a citocinese (divisão do citoplasma).
A mitose por sua vez divide-se em várias fases:
- Profase (etapa mais longa);

- Metafase (máxima condensação dos cromossomas e disposição destes no plano equatorial);

- Anafase (rompimento dos centrómeros, separação dos cromatídios e ascenção dos cromossomas-filhos);
- Telofase (a membrana nuclear organiza-se de novo à volta dos cromossomas de cada pólo; reaparecimento dos nucleólos; fuso acromático dissolvido; os cromossomas descondensam-se, alongam-se, tornando-se visíveis e a célula fica constituída por dois núcleos).

Já na citocinese, existe uma grande diferença entre as células animais e as células vegetais. Enquanto que nas primeiras este processo ocorre por estrangulamento do citoplasma, nas últimas ocorre por alinhamento e dusão de vesículas do complexo de Golgi na região equatorial, com posterior deposição de celulose.

- Qual a constituição de um cromossoma ?

Dá-se o nome de cromossoma a um filamento de cromatina dispersa, contituída pela associação de uma molécula de DNA com histomas.


Após a dulicação do DNA, o cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídios, ligados pelo centrómero.

- Síntese Proteica


A síntese proteica é um fenomeno relativamente rápido e muito complexo, que ocorre no interior das células. Este processo tem duas fases: transcrição e a tradução.

A transcrição da mensagem genética ocorre no interior do núcleo das células, onde os segmentos de DNA cdificam a produção de RNA.

A Tradução da mensagem genética ocorre no citoplasma, onde o RNA codifica a produção de proteínas.
Este processo encerra com três etapas:
- Iniciação
- Alongamento
- Finalização

- Código Genético

Uma das características mais significativas do código genético é a sua universalidade. Isto significa que todos os seres vivos têm os mesmos nucleótidos no seu DNA e são traduzidos da mesma maneira em proteínas, o que nos leva a pensar na possibilidade de uma origem comum e única para todos os seres vivos.

A universalidade do código genético foi muito útil para levar a cabo experiências em biotecnologia. As primeiras experiências consistiam em inserir segmentos de DNA de uma espécie em outra. Após vários anos experimentando e desenvolvendo novas tecnologias, foi possível sintetizar a hormona do crescimento (GH) em laboratório, identificar o gene da insulina humana, e produzi-lo através de bactérias. Finalmente, em 1988 foi patenteado pela primeira vez um organismo produzido através da engenharia genética.

Estas foram as bases que estabeleceram o início do projecto Genoma Humano, que consistiu em identificar a localização e função dos genes da nossa espécie, o Homo sapiens.

Um dos objetivos deste projecto, que começou em 1990, foi obter um mapa genético humano, e a partir disto vir a conhecer as diferentes funções de cada um dos genes do DNA.
Todos este progressos têm permitido desenvolver as técnicas de laboratório para a produção de clones, isto é, organismos geneticamente idênticos ao seu predecessor. As primeiras experiências neste sentido foram feitas em rãs, mais à frente com símios, até chegar à conhecida ovelha clonada, a Dolly.

O código genético tem ainda outras características, como a redundânia, onde codões diferentes podem codificar o mesmo aminoácido e ainda é preciso, uma vez que o mesmo codão não codifica aminoácidos diferentes.

- O que é uma célula especializada ?

Em citologia, chama-se célula indiferenciada a uma célula que ainda não tem definida uma função no embrião ou no futuro organismo, sendo estas determinadas durante o processo de diferenciação, ou ainda uma célula que não adquiriu características de célula especializada.

domingo, 11 de outubro de 2009

- DNA

O DNA (ácido desoxirribonucleico) é o suporte universal da informação genética que define as características de cada organismo vivo. A unidade fundamental do DNA é o nucleótido, o qual resulta da ligação entre uma base azotada (A-adenina, G-Guanina, C-citosina, T-timina), uma pentose (desoxirribose) e um grupo fosfato.

- A designação dada ao nucleótido encontra-se relacionada com a respectiva base azotada que o compõe.