" Nada na Biologia faz sentido se não for à luz da evolução "

Dobzhansky

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A doença mais antiga do mundo *

A doença conhecida mais antiga do mundo é a lepra, cujos primeiros registos foram em 1350 a.C.
Apesar da idade e de um tratamento rápido e eficaz contra ela, só foi descoberto no início dos anos 80, com o desenvolvimento da poliquimioterapia. A moléstia é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, e ataca principalmente os nervos e a pele, podendo causar deformações em estágios mais avançados.
Devido ao preconceito com o qual a doença é encarada, seu nome foi mudado no Brasil para hanseníase.


Meiose *

Meiose, é o nome dado ao processo de divisão celular, através do qual, reduz o número de cromossomas de uma célula para metade. É por este processo que os gâmetas e os esporos são formados.

Nos organismos de reprodução sexuada a formação de seus gâmetas ocorre por meio desse tipo de divisão celular. Quando ocorre fecundação, ressurge uma célula diplóide, que passará por numerosas mitoses comuns até formar um novo indivíduo, cujas células serão, também, diplóides.
Nos vegetais, que se caracterizam pela presença de um ciclo reprodutivo haplodiplobionte, a meiose não tem como fim a formação de gâmetas, mas, sim, a formação de esporos. Curiosamente, nos vegetais a meiose relaciona-se com a porção assexuada do seu ciclo reprodutivo.
A meiose permite ainda, a recombinação gênica, de tal forma que cada célula diplóide é capaz de formar quatro células haplóides geneticamente diferentes entre si. O que explica a variabilidade das espécies de reprodução sexuada.

A meiose conduz à redução para metade do número dos cromossomas. A primeira divisão é a mais complexa, sendo designada por divisão reduccional. É durante esta divisão que ocorre a redução a metade do número de cromossomas. Na primeira fase, os cromossomas emparelham-se e trocam material genético (entrecruzamento ou crossing-over), antes de se separar em duas células filhas. Cada um dos núcleos destas células filhas tem só metade do número original de cromossomas. Os dois núcleos resultantes dividem-se na Meiose II (ou Divisão II da Meiose), formando quatro células.


Qualquer das divisões ocorre em quatro fases:




- prófase;


- metáfase;


- anáfase;


- telófase.

Fecundação *

A fecundação consiste na união de dois gâmetas, um feminino e outro masculino, produzindo uma célula, o ovo ou zigoto, a partir da qual se desenvolve um novo ser vivo. Nos organismos superiores, os gâmetas, que se formam por meiose, contêm metade do número normal de cromossomas da espécie a que pertencem, pelo que durante a fecundação, com a ocorrência da fusão dos dois gâmetas e dos seus núcleos, o número de cromossomas característico da espécie é reposto.
A união dos gâmetas é feita ao acaso, uma vez que cada célula diplóide dá origem a quatro gâmetas, cada gâmeta feminino pode ser fecundado por quatro gâmetas masculinos diferentes. A fecundação introduz, assim, variabilidade genética nas espécies.
Pode verificar-se fora do corpo (fecundação externa) ou no interior da fêmea (fecundação interna), como resultado da cópula.


A fecundação externa ocorre em meio líquido, sendo frequente na maioria das espécies aquáticas ou em espécies em que a fecundação depende da presença de água. O macho e a fêmea libertam simultaneamente grandes quantidades de gâmetas na água, onde ocorre a fusão da célula masculina com a feminina. Isto é possível, porque a água protege o ovo ou zigoto da desidratação.


Por sua vez, a fecundação interna é um mecanismo praticado pelos animais que se desenvolvem a partir de um ovo com casca e rico em reservas nutritivas, ou por aqueles cujo embrião se desenvolve no interior do corpo materno. Em algumas espécies de tubarões e raias, a zona pélvica é especializada, permitindo a passagem do esperma para a fêmea, e na maior parte destes animais o embrião desenvolve-se internamente e nasce livre. Na terra, a fecundação interna é uma necessidade, porque o esperma e os ovos desidratam-se rapidamente quando expostos ao ar. Muitas vezes os machos possuem um órgão copulador que permite a transferência do esperma para a fêmea. Répteis e aves desenvolvem-se a partir de ovos protegidos por casca. Nos mamíferos placentários, o embrião desenvolve-se no útero, onde recebe alimentos através da placenta. As duas estratégias de reprodução que se encontram nos animais, o unissexualismo, em que os gâmetas femininos e masculinos são produzidos por indivíduos distintos, e o hermafroditismo, em que o mesmo indivíduo produz ambos os tipos de gâmetas, condicionam o tipo de fecundação. No unissexualismo a fecundação é cruzada, pois requer a intervenção de dois indivíduos e a fusão dos seus gâmetas. Já no hermafroditismo, pode ocorrer autofecundação (hermafroditismo suficiente), em que os gâmetas que dão origem ao ovo são produzidos pelo mesmo indivíduo, ou
fecundação cruzada (hermafroditismo insuficiente), tal como no unissexualismo.










Reprodução assexuada *

As características da reprodução assexuada são as seguintes:

- ocorre sem a intervenção de gâmetas;

- descendência a partir de um único progenitor;

- os descendentes são geneticamente iguais.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ciclo Celular *

Designa-se por ciclo celular, o crescimento e a divisão da célula de forma contínua e repetitiva. Então, este é o conjunto de transformações que decorrem desde a formação de uma célula até ao momento em que ela própria, por divisão, origina duas células-filhas.
Existem duas fases no ciclo celular: a interfase, onde ocorre a duplicação do material genético e sendo o período entre o fim da divisão celular e o início da seguinte; e a fase mitótica, onde ocorre a mitose (divisão do núcleo) e a citocinese (divisão do citoplasma).
A mitose por sua vez divide-se em várias fases:
- Profase (etapa mais longa);

- Metafase (máxima condensação dos cromossomas e disposição destes no plano equatorial);

- Anafase (rompimento dos centrómeros, separação dos cromatídios e ascenção dos cromossomas-filhos);
- Telofase (a membrana nuclear organiza-se de novo à volta dos cromossomas de cada pólo; reaparecimento dos nucleólos; fuso acromático dissolvido; os cromossomas descondensam-se, alongam-se, tornando-se visíveis e a célula fica constituída por dois núcleos).

Já na citocinese, existe uma grande diferença entre as células animais e as células vegetais. Enquanto que nas primeiras este processo ocorre por estrangulamento do citoplasma, nas últimas ocorre por alinhamento e dusão de vesículas do complexo de Golgi na região equatorial, com posterior deposição de celulose.

- Qual a constituição de um cromossoma ?

Dá-se o nome de cromossoma a um filamento de cromatina dispersa, contituída pela associação de uma molécula de DNA com histomas.


Após a dulicação do DNA, o cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídios, ligados pelo centrómero.

- Síntese Proteica


A síntese proteica é um fenomeno relativamente rápido e muito complexo, que ocorre no interior das células. Este processo tem duas fases: transcrição e a tradução.

A transcrição da mensagem genética ocorre no interior do núcleo das células, onde os segmentos de DNA cdificam a produção de RNA.

A Tradução da mensagem genética ocorre no citoplasma, onde o RNA codifica a produção de proteínas.
Este processo encerra com três etapas:
- Iniciação
- Alongamento
- Finalização

- Código Genético

Uma das características mais significativas do código genético é a sua universalidade. Isto significa que todos os seres vivos têm os mesmos nucleótidos no seu DNA e são traduzidos da mesma maneira em proteínas, o que nos leva a pensar na possibilidade de uma origem comum e única para todos os seres vivos.

A universalidade do código genético foi muito útil para levar a cabo experiências em biotecnologia. As primeiras experiências consistiam em inserir segmentos de DNA de uma espécie em outra. Após vários anos experimentando e desenvolvendo novas tecnologias, foi possível sintetizar a hormona do crescimento (GH) em laboratório, identificar o gene da insulina humana, e produzi-lo através de bactérias. Finalmente, em 1988 foi patenteado pela primeira vez um organismo produzido através da engenharia genética.

Estas foram as bases que estabeleceram o início do projecto Genoma Humano, que consistiu em identificar a localização e função dos genes da nossa espécie, o Homo sapiens.

Um dos objetivos deste projecto, que começou em 1990, foi obter um mapa genético humano, e a partir disto vir a conhecer as diferentes funções de cada um dos genes do DNA.
Todos este progressos têm permitido desenvolver as técnicas de laboratório para a produção de clones, isto é, organismos geneticamente idênticos ao seu predecessor. As primeiras experiências neste sentido foram feitas em rãs, mais à frente com símios, até chegar à conhecida ovelha clonada, a Dolly.

O código genético tem ainda outras características, como a redundânia, onde codões diferentes podem codificar o mesmo aminoácido e ainda é preciso, uma vez que o mesmo codão não codifica aminoácidos diferentes.

- O que é uma célula especializada ?

Em citologia, chama-se célula indiferenciada a uma célula que ainda não tem definida uma função no embrião ou no futuro organismo, sendo estas determinadas durante o processo de diferenciação, ou ainda uma célula que não adquiriu características de célula especializada.